Fazedor de Textão

Você já teve uma crise de identidade? Eu tenho bastante. Não dessas crises de ficar sem saber o rumo da vida. É uma baguncinha interna legal.

Gosto de escrever, nem sei ser genial, talvez um dia eu saiba. É possível que você esteja lendo a evolução de um célebre escritor. E é igualmente possível que esteja lendo só mais uma besteira.

Eis a minha crise de hoje. Sou um escritor em evolução ou um fazedor de textão?

Eu escrevo. Bem ou mal. Célebre ou Celébro. Tô escrevendo. Cada lugar envolvendo palavra estou lá, intrometido como aquelas crianças falando durante conversa de adulto.

Agora você, seja lá quem for, tenha uma crise também. Porque eu só sei escrever pra quem tem probleminha.

Segura essa, senhor sanidade! Eu, e qualquer louco, vemos você e pensamos. “Nossa, quem é esse aí hein. Nem berra.” Disfarçamos pra você não se sentir isolado. Ué! Por que somos loucos não pensamos? Somos puro pensamento.

Para quem sente um pouquinho de loucura, sigo este texto. De fato, eu seria um escritor segundo o dicionário. Porém quem escreveu esses livrinhos de palavras, nunca me venceu no PlayStation pra dizer como devo chamar as coisas que faço. Né?

Dicionário pode chamar esse negócio de escrever texto grande de escritor. Eu vou chamar de Fazedor de Textão e ponto final.

A crise de identidade é minha, ele que vá tratar das dele.

Antes de acabar, faço minha retratação com o pessoal normal. Gente, eu gosto de vocês. Gosto muito! Só não sei falar o mesmo idioma, só isso. Vou melhorar, prometo. Tenham paciência! Não berrem, não!

Se berrarem, vou achar que ficaram loucos também. Aí ferrou. Alguém precisa ser o normalzinho ou teremos um mundo berrante. Que maravilha.

1chaves

Quatro capítulos da vida de Maria Quermece. Capítulo I Dos Pés e da Alma.

Do filme Na Natureza Selvagem.

Do filme Na Natureza Selvagem.

Batera canela, debaixo dum sol tinhoso, atrás do tal sapatinho. Descansou na sombra de um suposto arranha-céu. Resmungando sozinha.

– O céu é duro de azul, ele que arranha os prédios.

Cogitou varias possibilidades.  A água mineral atingiu seu raciocínio. No estado científico dos argumentos, arquitetou pesquisar como a engenharia lasca o firmamento.

Prosseguiu Maria Quermece procurando sapatos pra festa.

Órfã de familiares e professora de melancolia, tenta aprender a ser feliz. Nada de ficar cantando nota arrasadora ou declarando poema triste perto dela. Queria a sorte mandando um parzinho, limpinho, ouvinte das canções alegres.

Andou e começou a achar sapatos interessantes. Quando diziam o preço ficava pálida e confusa.

– É justo negócio de usar no pé ser mais caro que o arroz de colocar na barriga?

Decidiu usar o mesmo de sempre. Pensou ser isto bastante ousado. Mudar de roupa a cada baile é a originalidade vadia. Ela seria naquela noite, singular por repetir vestido e permanecer contente.

Maria Quermece calculou seu atraso em quarenta minutos. Chegaria quando todos estariam distraídos. Quem sabe na distração, alguém acertasse com os olhos nela? Baile se agitou, engrandeceu e terminou. Nada de Maria arrumar um parzinho.

Trabalhou duro o mês inteiro, recusou cada balinha dos trocos. Conseguiu comprar vestido novo e caro.

– Agora vai Maria, agora vai.

Não foi.

Aceitou sua história invisível, abandonou os embalos da noite.

Numa semana de feriado, montada na solidão, Maria estava na feirinha. Adquirindo tomates e cebolas do Pedrin.

– Moça, eu te vi no baile. Você parou de ir por quê?

– Baile? Ah parei de ir, tenho cabeça pra essas coisas não.

– Cabeça eu não sei, agora o gingado hein?!

Depois deste diálogo, Maria Quermece teve surtos constantes.

– Ele me viu dançar, alguém me viu fazer algo, alguém.

Lavando louça na hora de enxaguar os copos, pensou alto.

– Vou é pro baile ver Pedrin.

Virou baladeira cativa. Treinou o gingado, pintou as unhas de cores claras. Vendeu hora extra pra comprar mais sapatos.

Funcionou. Pedrin a cada baile desejou mais tê-la. Nem era pelos calçados. Ele a achava uma coisinha mais linda, quando cansada de tanto gingar, ela se descalçava.

Dos pés e da alma.

Alan Lima

Palavras de mais um Velho.

cjjjEu sou mais um Velho Ano sendo deixado com fogos e festas. Alguns nasceram em mim, estarei  nos seus documentos. Outros morreram. Uma pena. Queria ter sido um Feliz Ano  de todos.  Apesar de eu querer mais. Pela saudade nos felizes, ou pelo alívio  nos tristes. Faz bem ter fim. Em Janeiro, quando comecei, minha pergunta era:

– Como ser um ano bom?

Passaram os dias e senti.

O ano é nada. O tempo  é um peso invisível. O relógio, a  balança imaginária, quantifica no máximo algo aos costumes e cientistas.

Quando dizem como o ano foi bom ou ruim.  Ninguém destaca calendário passando. O relógio avançando. O assunto são os acontecimentos, os fatos, as sortes ou flores dadas pela vida.

O ano é no máximo mais uma medida estabelecida.  Mudem o que há de chato independentemente de quantos anos novos conheceram. Pouco importa se você tem 40 ou 10 intervalos  de 12 meses. Existe o amanhã.

Sou o ano acabado. Tchau, até nunca mais. Tratem de desejar feliz ano novo o ano inteiro. Todo dia é de virada. Encontrem um alvo e prossigam. Sejam balas velozes acertando o peito da mesmice.

Agora, favor deixar o Velho virar passado em paz.

Alan Lima

O Filho do Papai Noel

Papai Noeu

A delegacia vazia. Natal o povo esqueceu de denunciar os crimes de toda dia. Era isso ou sei lá. Chegou um rapaz, de uns 20 anos, com cabelo grande querendo fazer um B.O. Delegado estava tranquilo, dia pouco movimentado é mais fácil de ser polícia.

– Quero prestar queixa contra o meu pai.
– Qual o motivo?
– Ele bateu na minha mãe.
– Que canalha. Qual o nome dele?
– Papai Noel.

Delegado mandou  prender o rapaz. Aquela brincadeira de mau gosto. Essa juventude desrespeita as autoridades. É preciso limite. Cacetetes. Porrada policial pra educar. Raivara.

Esfriou a cabeça, voltou pra mesa. Uma senhora entrou na sua sala. Ela com cabelos brancos, toda de vermelho,  um ralado no braço ensaguentado. Delegado sensibilizado, perguntou com carinho especial.

– Ó minha senhora. O que aconteceu?
– Apanhei do meu marido.
– Santo Deus. Por que ele fez isso?
– Não quis chamá-lo de Papai.
– Cada homem autoritário! Qual o nome desse safado?
– Noel.

Uma senhora dessa idade de pegadinha? Delegado irado esbravejava. Que mundo. Que época. A família perdeu o sentido. Cadê a moral e os bons costumes? Senhora foi detida e de lá ainda tinha a audácia de gritar:

– Quero ligar pro meu duende advogado!

Na sala do delegado agora, cinco pessoas. Sem cerimônia.

– Somos vizinhos de um homem frio. Espanca a esposa,  escuta funk num volume ensurdecedor, e nos ameaçou de morte.
– Só falta me dizer que é o Papai Noel.
– Ele mesmo.

A fúria tomou conta do Chefe da Lei. Além de presos, os cinco tiveram de registrar um BO.  Delegado passou  cópia do BO  nas redes sociais. Ridicularizou. Estava rindo de algum comentário sarcástico quando entra um senhor na sala.

De barba branca, gordo, roupa vermelha. A cada fala dizia Ho Ho Ho. Do saco vermelho tirava presentes para os polícias de plantão. Duendes o acompanhavam e lá fora as pessoas admiravam o trenó  no estacionamento.

Delegado chorou a decepção mais profunda de sua vida. Soluçando, anunciou a agonia do filho confuso:

– Papai, papai. Você tem outra família?!

O velho sem graça apenas ria. Ho Ho Ho.

Poemas da Madrugada Sem Explicar Nada

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I

Eu escrevi um poeminha babaca
Não sei o que nele diz
Nem nada do que ele fala.

Escrevi um poeminha babaca
Pra tentar cortar sua paz
Com a minha invisível faca.

Um poeminha babaca
Como teu amor babaca
Que tenta me iludir
[Poeminha babaca
Pra nossa história falsa
Que nem dura, nem acaba

Babaca
Que acabou com minhas palavras
Um dia te amo e esqueço
Deixo de ser teu poeta.
Encontro outra que aceite
Meu poeminha babaca.
( Ou O Babaca do Poema )

II

Ei Estrela Cadente.
Eu não falo contigo.
Nem posso ser seu amigo.
Desculpa este incidente.

Ei Estrela Cadente
Nem mais acredito
Que atenda pedido
Mesmo de um inocente.

Agora meus desejos
Falo ao céu do dia
Sem estrela, com nuvens vivas.

Peço um papear tranquilo
Meia dúzia de bons amigos.
Um filme, uma música, um livro.

Mas não mais a ti,
Estrela Cadente.
Você só engana  gente.

III

Bem, bem. Que mal tem? No bem.
Que mal tem no bem?
Depende a quem.
Se o mal for alguém, tem mal no bem.

Bem, bem. Nem tudo que dizem é bem.
Tem hora que é nem mal, nem bem.
Quero você meu bem, que é meu mal.
Bem ou mal é o nosso amor.

Bem, bem. Tanto bem que te fiz.
Tanto mal também.
Você fica longe, tá tudo bem.

Mentira, tá tudo mal.
Isto é um chat
No chat sempre está tudo bem.
Meu bem.

IV

: Quem és tu quando não te tenho?
Onde estás quando não estou?
O que disseste e eu não ouvi?
O que amaste e eu não amei?
Enquanto queria teu coração conhecer
Tu estavas deixando tua memória me esquecer.

Eu não te esqueço
Eu não te esqueço
Eu lembro do beijo,
O inteiro tempo
Do beijo inteiro.

– E sinto cócegas no ouvido
Porque nunca tenho um amor tranquilo (?)

V

Não tenhas medo,
De versar. Da poesia.
Nem de contar tuas tristezas,
Listar tuas alegrias.

Tenho medo de engolir as palavras.
Ter na cabeça má digestão.
Por receio do ridículo.
Todo mundo com nariz é ridículo.
Que medo besta em vão.

Alan Lima

Raio, estrela e luar e tchau.

Texto inspirado na música Fogo e Paixão, desse cara  chamado Wando.

Texto inspirado na música Fogo e Paixão, desse cara chamado Wando.

Aquela é luz. O rosto dele resplandece o brilho de uma alma extravagante. Se acaso dela destratar, avisariam os amigos, ela vira tempestade e vira raio. Aconteceu. Este raio atravessou o céu num furor elétrico e

cortante.  Agitou-se, sacudiu nuvens. Graças ao vento dum carinho especial, virou luar.

Madrugada tocou e afagou. Amanheceu antes da noite acabar ali  revelaria sua nova face. Seu balançar era uma manhã de sol invadindo um quarto fechado, bem fechado. Nenhum despertar além do dela, envolvendo o alguém a quem amava. Ele perdeu as estribeiras, o bom senso, a capacidade de argumento.   Submergido num Iaiá, num ioiô.

A loucura invadindo boca e chão, ela estava amando, amando, amando…

Sujando o sentimento do momento de vermelho, virando abelha dando mel aos lábios do homem.

Tudo paraíso, céu dela.

Exclamam os sábios comuns: – Era só uma servente, personagem do prazer alheio.

Sabem pouco mesmo.

Quando chegou o amanhã, ela saiu do quarto escuro. Levou suas roupas, seus sapatos, seguiu. Deixou apenas um poeta de versos fáceis atrás. Não traiu, nem roubou, era vazia de vingança.

Inspiração do sonolento autor fugiu com ela e nunca mais voltou.

A louca é inocente, dou meu julgamento. Não há crime, há delírios do engano: – Os corações estão gostando de ser vítima.

 Alan Lima

 

A Menina, o Amor e a Educação.

“Ando Meio desligado Eu nem sinto Meus pés no chão Olho E não vejo nada Eu só penso Se você me quer.” Música da Tiê, essa moça-cantora-bonita da foto.

Menina masca chiclete de morango na praça. Solta embalagem no chão. O papel se encontra com o vento. O vento leva o papel pra rua. Na rua os carros passam velozes. Tem um semáforo com defeito. O papel se prendeu nas ferragens de um acidente. Um ciclista perdeu sua bicicleta nova. Um motorista deve ser multado. Chega bombeiro. Chega ambulância. Não há feridos. Quem chamou socorro estava apenas assustado.

O papel saiu do ocorrido ileso. Voltou pro chão. Voou de novo. Encontrou a calçada. O dia acabou, chegam as festas da noite. O cachorro quente será vendido numa barraca. A barraca é montada. Chega o primeiro cliente. Segundo. Terceiro. Quarto. Muitos. Salsicha, pão, milho. Namorados, casados, solteiros, divorciados. Está tudo movimentado. Porém a noite do papel ficou estacionada. Em baixo de uma latinha.

A latinha é verde, e tem um restinho de guaraná. O guaraná molhou o papel. Papel ficou mais frágil. Rasgou. Agora o papel é dois. Logo virou três. Cortou-se demais.

A latinha era dela ali. Da Menina que mascava chiclete de morango na praça. Mais cedo andava triste e mascava pra se alegrar. Mas agora é noite. Escureceu os tormentos do cotidiano. Ela acaba de se apaixonar. Ele é educado e ainda lhe pagou um guaraná.

Papel se desintegrou, por causa da latinha jogada no chão pela Menina. Papel, Latinha, fora do lixo.  A Menina precisa aprender os bons modos dessa vida, e aprenderá dias depois.

Nós demos um sermão nela esta noite. Ela fingiu escutar.

A possibilidade de ser amada, em seus ouvidos enfeitados por brincos azuis, é melodia alta demais. Nem tivemos coragem de condená-la.

Mesmo nós estaríamos surdos.

Alan Lima

De gente fraca para gente fraca.

Do filme e livro, As vantagens de ser invisível.

Do filme e livro, As vantagens de ser invisível.

Escrevo estas palavras pra alegrar seu coração. Não tenho boas notícias, nem más. Faço esta crônica sem fato visível, sem pontos históricos capazes de fazer teu sentimento raciocinar. Balanço os pés, estou numa cadeira alta. Toco o chão frio com a ponta do dedão da unha encravada.

Procuro novos verbos, tento remontar um parágrafo, eu me esforço pra te entregar um texto que te faça bem. Que te faça bem… Quanta gente por aí diz esta frase. Lamento a minha falta de originalidade, quero te entregar umas boas reflexões.
Tento ficar inspirado. Ouço uma música, vejo filmes inéditos, leio poemas, releio os poemas, deixo os poemas ficarem grandes demais e minha cabeça dói. Tomo um analgésico, volto, persisto, quero te escrever algo incrível.

Alguém toca um forró aqui perto. É aquele qualquer do cara na balada. Dou risada, acho bobagem o cara cantar na balada que está na balada. Sinto que sou besta, besta mesmo e continuo brigando pra achar a poesia que te toca.

Descubro depois desse lega-lega todo, hoje não é dia de escrever. Estou sem assunto, sem estilo, sem a marota habilidade do escritor moderno. E agora? Como é que faz pra dizer algo que sentimos sem usar as palavras?

Só que
de repente, plim.

Encontro uma boa quantidade de frases e as anoto, escrevo sem parar e tenho sua crônica pronta. Está boa, ótima, você se sentirá bem de ler suas linhas e mergulhar nas emoções transcritas ali.
Nela digo que somos fracos, solitários e estamos todos tentando enganar o mundo. Ninguém está sorrindo o tempo inteiro como dizem as fotos de perfil. Estamos tristes, sentimos raiva e falamos mal de algumas pessoas, sem raciocinar muito, é preciso expôr rancor. Estamos magoados, não nos sentimos as melhores pessoas deste lugar, nem de lugar algum. E às vezes queremos apenas bater em alguém. Só isso. Uns pontapés, uns cruzados, uns chutes na boca do estômago.

São estas as palavras e você se emociona, sente-se bem. Tudo continua muito fora de ordem, tudo bem… Aproximamos nossas solidões e contamos piadas ruins. Sofremos solitariamente nossas dores e jamais saberemos como dividi-las. Mas porque somos teimosos como mulas querendo ser jumentos, acreditamos num amanhã melhor. Duvidamos também. Temos fé e falta de fé ao mesmo tempo.
Temos jeito ainda e cabeças são duras.
Perdendo até de goleada, jamais desistiremos de vencer antes do jogo acabar.

Alan Lima

Amor, tira tudo.

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Amor, tire esse blazer. Ele te exige uma pose séria. Roupas pedem posturas, vez ou outra é este meu problema. Minha seriedade é cômica. Meu paletó pede calça e eu uso bermuda.

Tire essa blusa também, princesa. Ou deixa eu tirar? A blusa, a saia. Apenas me ajude com o sapato. Você o colocou de um jeito complicado. Sua maneira de atar as coisas… Fico distante disto. Arrume um terapeuta. UMA terapeuta, okay? A ideia de falar para um homem sobre seus amarros de sapato, é esquisita.

Certo, amor, nada a ver… Que tem de mal?
De qualquer forma, tenho uma amiga que faz um preço muito bom.

Esse assunto está fora de hora.
Preciso tirar sua calcinha e seu sutiã. Temos pouco tempo. Logo todo mundo chega. Conversamos demais, vem cá, vamos agir. É momento de breves discursos,  hora do ato.

Você tem mais prazer quando há trilha sonora. Faltou, docinho, na próxima terá. Só na próxima, tirei a minha parte, nada mais resta. Se apresse, por favor.

A chuva tá chegando.
Tire essa roupa do varal, amor, e  vamos juntos comemorar.
Em dias de seca, tempestade é motivo de festa.

Alan Lima.

Tá Amarrado?

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Meu coração está batendo de ansiedade. Quanto embaraço por cá.

É a vida sendo um desses nós desfeitos só com corte. Como cortar é mortal neste caso,  busco paciência no longo processo de me desatar.

Dá medo de ver minhas bases se soltarem, após perder os nós. Imagine essa complicação toda, ser o meu sustento? Quando eu perder os receios, saberei ter controle sobre minha coragem?

Coragem parece ser incontrolável. Faz o salto de aviões, escaladas de montanhas… Deixa a moça desejada saber dos nós.

O nó do passado, o nó dos erros…

Procuro às vezes onde/quem eu possa ser o valente, ao dizer meus melhores absurdos e sem condenação, o resultado sermos  Nós mais fortes.

Costuma acontecer…

Ao escapar pelos meus cantos uma sinceridade, e ouvir o repreensivo “Tá amarrado!”
Escuto meu interior dizer.
“Estou sim. Vivo pra desamarrar.”

Alan Lima