Fazedor de Textão
Você já teve uma crise de identidade? Eu tenho bastante. Não dessas crises de ficar sem saber o rumo da vida. É uma baguncinha interna legal.
Gosto de escrever, nem sei ser genial, talvez um dia eu saiba. É possível que você esteja lendo a evolução de um célebre escritor. E é igualmente possível que esteja lendo só mais uma besteira.
Eis a minha crise de hoje. Sou um escritor em evolução ou um fazedor de textão?
Eu escrevo. Bem ou mal. Célebre ou Celébro. Tô escrevendo. Cada lugar envolvendo palavra estou lá, intrometido como aquelas crianças falando durante conversa de adulto.
Agora você, seja lá quem for, tenha uma crise também. Porque eu só sei escrever pra quem tem probleminha.
Segura essa, senhor sanidade! Eu, e qualquer louco, vemos você e pensamos. “Nossa, quem é esse aí hein. Nem berra.” Disfarçamos pra você não se sentir isolado. Ué! Por que somos loucos não pensamos? Somos puro pensamento.
Para quem sente um pouquinho de loucura, sigo este texto. De fato, eu seria um escritor segundo o dicionário. Porém quem escreveu esses livrinhos de palavras, nunca me venceu no PlayStation pra dizer como devo chamar as coisas que faço. Né?
Dicionário pode chamar esse negócio de escrever texto grande de escritor. Eu vou chamar de Fazedor de Textão e ponto final.
A crise de identidade é minha, ele que vá tratar das dele.
Antes de acabar, faço minha retratação com o pessoal normal. Gente, eu gosto de vocês. Gosto muito! Só não sei falar o mesmo idioma, só isso. Vou melhorar, prometo. Tenham paciência! Não berrem, não!
Se berrarem, vou achar que ficaram loucos também. Aí ferrou. Alguém precisa ser o normalzinho ou teremos um mundo berrante. Que maravilha.